A recente proposta de ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para R$ 5 mil promete beneficiar milhões de brasileiros. Segundo projeções do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a medida poderá dobrar o número de trabalhadores dispensados do pagamento do imposto, passando dos atuais 10 milhões para 20 milhões de contribuintes. Mas quais são os impactos reais dessa possível mudança para os trabalhadores e para a economia do país? É o que você vai ver neste artigo da CPA Prime Contabilidade.
Benefícios para trabalhadores e consumo
A ampliação da isenção do IRPF beneficia diretamente os trabalhadores de menor renda, garantindo um aumento do poder de compra e uma melhora na qualidade de vida. Além disso, a medida também afeta positivamente assalariados da classe média, que, mesmo não isentos, sentirão a redução das alíquotas aplicadas a suas faixas salariais.
A previsão é de que a isenção injete até R$ 50 bilhões na economia, estimulando o consumo e impulsionando setores como comércio e serviços. Segundo especialistas, como o presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), Mauro Silva, essa faixa de renda tende a consumir praticamente tudo o que ganha, o que deve dinamizar a economia nacional.
Reflexos na economia e riscos da medida
O aumento do consumo gerado pela isenção pode impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) do país, já que cerca de 65% da economia brasileira é movida pelo consumo das famílias. No entanto, economistas alertam que um crescimento expressivo da demanda pode pressionar a inflação. Caso isso ocorra, o Banco Central pode ser obrigado a elevar a taxa de juros para conter o avanço dos preços, o que poderia reduzir o impacto positivo inicial da medida.
Outro ponto de atenção é o impacto fiscal da reforma. O governo estima que a ampliação da isenção do IRPF represente uma redução na arrecadação entre R$ 35 e R$ 45 bilhões. Para compensar essa perda, está prevista uma tributação maior sobre rendimentos acima de R$ 50 mil mensais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garantiu que a medida será implementada sem comprometer o equilíbrio fiscal, mas especialistas ainda discutem seus efeitos no longo prazo.
Impacto social e justiça tributária
A reforma da renda busca não apenas aliviar a carga tributária para as classes médias e baixas, mas também aumentar a progressividade do sistema tributário brasileiro. A ideia é garantir que quem ganha mais contribua proporcionalmente mais, reduzindo desigualdades e promovendo um sistema tributário mais justo.
Segundo a economista Clara Brenk, professora da UFMG, a tributação progressiva é essencial para reduzir a desigualdade. Mais de 70% dos trabalhadores que ganham até R$ 5 mil são assalariados, enquanto quase metade dos que ganham acima de R$ 50 mil são donos de empresas. Com isso, a nova regra pode favorecer um equilíbrio econômico e social no país.
Como se preparar?
Com a mudança na tributação, é essencial que trabalhadores e empresas se planejem financeiramente para entender como a nova tabela do IRPF impactará suas finanças. Vale ressaltar que a isenção do IR até R$ 5 mil ainda é um projeto em tramitação e que, se aprovada, valera somente a partir de 2026.
Se você deseja avaliar os efeitos da isenção e otimizar sua declaração de imposto de renda, a CPA Prime Contabilidade pode oferecer uma consultoria especializada e garantir que você aproveite ao máximo os benefícios dessa reforma. Entre em contato com nossa equipe e garanta um planejamento tributário eficiente e seguro!